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Respeito a bordo: dia Mundial de Conscientização do Autismo

Todas as semanas são assim: ele entra no ônibus acompanhado pelos pais para ir às terapias, além das consultas médicas e os momentos de lazer, como ir à praça e ao cinema. Francisco Oliveira Tomaz de Souza é um adolescente de 15 anos e morador do bairro Triângulo, em Três Rios. Carinhoso, ele que é autista, conquistou a amizade de cobradores e motoristas da empresa. Hoje, no dia mundial do autismo, ele é nosso personagem para relembrarmos a luta que todos enfrentam para serem respeitados no transporte público.

O Dia Mundial do Autismo é comemorado todos os anos com o objetivo de gerar conscientização e apoio para pessoas com autismo e seus familiares. Nesse artigo, vamos relembrar as ações de conscientização da empresa. Durante o ano, a Transa Transporte investe em material publicitário nos seus canais de comunicação (site, facebook, instagram, aplicativo, além de anúncio de jornal, busdoor, indoor e abrigo) para orientar e conscientizar a população sobre autismo. Com foco na melhoria do serviço prestado, toda equipe recebe treinamentos sobre o assunto seja na admissão ou em momentos oportunos como a SIPAT.

Esse investimento é notado no carinho entre o Franscisco e nossa equipe. “Anos atrás, ele tinha um banco preferido no ônibus que era perto da janela e atrás do motorista. Ele também gostava muito de ficar com a janela aberta e tomar um ventinho no rosto (mesmo no frio). Foi preciso orientá-lo para que neste período de inverno mantivesse a janela entre aberta (até porque não se pode andar com o ônibus todo fechado)”, conta o pai Gustavo Tomaz de Souza.

Francisco e a equipe do Terminal Rodoviários Hélio Soares

Apesar do carinho com nossa equipe, a mãe Flavia Oliveira Tomaz de Souza relembra o lado ruim de uma sociedade que ainda não sabe lidar com as diferenças. “De vez em quando percebemos alguns olhares duvidosos das pessoas”, revela. Segundo o especialista em análise do comportamento aplicada, André Almeida,  o autismo não tem cura e os tratamentos visam melhorar a qualidade de vida, ajudar no desenvolvimento e superar suas limitações, buscando sempre a autonomia. “Não existem características físicas que marcam o autista. Pode ocorrer dele ter outras alterações genéticas que são síndromes e doenças associadas, o que chamamos de comorbidades”, explica.

 

Principais características

De acordo com Almeida, apesar de não haver características físicas, alguns comportamentos podem indicar um sinal. São eles: dificuldades na comunicação social e socialização (não significa que a pessoa é antissocial como costumamos chamar); Baixo contato visual (Evita olhar no rosto e nos olhos das outras pessoas). Dificuldade com a empatia (Teoria da Mente); muitas vezes, não consegue entender sentimentos se colocar no lugar do outro;  Hiper foco – Determinados assuntos e/ou objetos são alvos de obsessão. Gostam de coisas com padrões que possam ser racionalizados; por esse motivo, as dificuldades com a comunicação, sentimentos etc. Comportamentos repetitivos e/ou estereotipados – balançar o corpo ou as mãos, pular, girar, estereotipia vocal (gritar, ou emitir uma vogal repetidamente), girar ou ficar manipulando um objeto são alguns dos comportamentos que vão variar muito dependendo de cada pessoa.

 

No coletivo

O cumprimento que não pode faltar na hora de descer do ônibus.

A grande questão é: e para quem não tem conhecimento sobre a síndrome, qual seria a orientação? O pai do adolescente foi categórico ao afirmar: respeito! “É preciso entender que as pessoas, em geral, são todas diferentes umas das outras.  Cada ser humano é único e tem suas manias e particularidades”, completa.

Por outro lado, o especialista nos trouxe dicas muito valiosas. Ele orienta agir sempre com naturalidade. Não é preciso alterar a forma de se comportar, ao cumprimentar um autista, fale normalmente. “Às vezes o próprio ambiente do ônibus com muitas pessoas, vários falando ao mesmo tempo, pode causar um desconforto sensorial, pode ser um ambiente aversivo à criança com autismo. Em caso de crises e birras, ficar tentando conter não é uma boa ideia e o melhor a fazer é perguntar para o responsável se tem algo que possa fazer para ajudar, caso não tenha, se afaste e espere”, orienta.

Neste dia especial, a lição maior que fica é a de que o respeito, independente de qualquer situação deve sempre prevalecer. “Francisco sempre sentiu tanto carinho, atenção e respeito para com ele, que é um apaixonado pela empresa. Já foi até fazer uma visita e saiu de lá super feliz. Ele conhece todas as linhas da empresa e muitos motoristas também. Sua alegria é cumprimentar os motoristas com um ‘soquinho’ na mão e agradecê-los pelo serviço – ‘Obrigado meu amigo!’”, finalizou em tom agradecido o pai.

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