É de conhecimento geral a obrigatoriedade do cinto de segurança por parte dos condutores de veículos, não é verdade? Por mais que alguns não concordem com a determinação, ela tem o objetivo de proteger os condutores e passageiros em casos de acidentes. No entanto existe um fato curioso nesse aspecto e que provavelmente você já se perguntou: por que os ônibus urbanos não têm cinto de segurança?

Bom, em primeiro lugar o Código de Trânsito Brasileiro, por meio da LEI Nº 9.503, de 23 setembro de 1997, torna obrigatória a utilização do cinto de segurança por parte de condutores e viajantes, salvo nos casos em que está permitido o transporte de passageiros em pé, categoria em que se enquadram as linhas urbanas de ônibus.

Por que é permitido viajar em pé?

Se analisarmos a resolução do órgão, podemos entender uma série de fatores que podem justificar essa decisão. Abaixo vamos elencar algumas delas:

– Tempo de viagem:

As viagens de ônibus em centros urbanos cumprem distâncias relativamente curtas. Diferente do que ocorre em viagens interestaduais que podem durar longas horas.

– Rotatividade de passageiros:

As linhas urbanas fazem várias paradas ao longo do trajeto para embarque e desembarque de passageiros. Isso cria um fluxo de pessoas dentro do veículo. Ora um passageiro fica em pé, ora ele se senta.

– Leis de trânsito:

A área urbana tem características que não são as mesmas de uma rodovia. Deve-se levar em conta que nas cidades há um maior fluxo de pedestres e meios de transporte alternativos. Por isso, é preciso ter atenção redobrada ao trefegar pelas ruas. Sem falar que o perímetro urbano é consideravelmente menor do que o de uma estrada, tornando mais prática a fiscalização das leis de trânsito.

– Profissionais:

Por último, mas não menos importante, os motoristas de ônibus são profissionais capacitados para o transporte de passageiros. Tanto é que a carteira de habilitação para essa profissão é diferente.  A carteira de categoria D, segundo o Detran, é direcionada aos condutores de veículos mais pesados e transporte de pessoas, com lotação acima de 8 passageiros.

Vale mencionar também que os motoristas passam por treinamentos específicos para sua atuação.  A Transa Transporte, por exemplo, realiza capacitações internas para seus colaboradores, onde são abordadas não só as questões de boas práticas de trabalho, mas também as questões de segurança dos profissionais e passageiros. Desse modo, quem embarca nos ônibus da empresa tem a certeza de chegar bem ao seu destino.

Agora ficou mais fácil entender porque os ônibus urbanos não têm cintos de segurança, não é? Ah, mas caso vá fazer uma viagem, não deixe de pôr o cinto, é norma de segurança!